(Iain Faulkner ) |
Aquele homem elegante, cabelos fartos (já começando a ficar prateados nas
têmporas), suscitava a admiração feminina ao passar na avenida com seu carro esporte, capota abaixada, óculos escuros, sentindo o sabor do vento. Certamente, sabia que provocava tais olhares e talvez sorrisse do fato. Mas já havia encontrado um verdadeiro amor, com quem dividia, há anos, sua vida.
Bem humorado, contribuía para a leveza do ambiente de trabalho. Uma companhia agradável para todos. O mesmo encantamento provocava no Fórum, quando ia se manifestar em autos ou realizar uma audiência.
A mãe, idosa, morava com ele e recebia um tratamento carinhoso de ambos,
dele e de seu amor. Durante quase 25 anos foi muito feliz em seu relacionamento. Construíram uma bela casa na praia (seu amor atuava na área da arquitetura), onde recebiam os amigos em finais de semana ou, simplesmente, deliciavam-se com a beleza do lugar.
Nada é definitivo e não conseguiram vencer a doença que acometeu a pessoa
que adorava , vindo ela a falecer. A mãe também já havia morrido.
Logo se espalhou a notícia de que ficara viúvo. Seus olhos mostravam a dor
que levava no interior. Os amigos foram solidários e tentavam animá-lo.
Alguns mexericos se ouvia, mas ninguém discutia a grandeza do sentimento
que nutriam um pelo outro. Já possuía uma excelente condição financeira e recebeu os bens particulares de seu amor, que o deixara estabelecido em
testamento, uma vez que não eram legalmente casados.
Sensibilizada com o sofrimento dele, com quem não tinha vínculos de amizade, perguntei a um de seus amigos se conhecera sua esposa. Sim, respondeu-me ele, frequentávamos sua casa de praia. E o nome "dela" , disse sério, era Roberto.
Não pude deixar de me lembrar da colocação feita na celebração do casamento de um casal, e nem sempre possível de realização: "até que a morte os separe".
Sensibilizada com o sofrimento dele, com quem não tinha vínculos de amizade, perguntei a um de seus amigos se conhecera sua esposa. Sim, respondeu-me ele, frequentávamos sua casa de praia. E o nome "dela" , disse sério, era Roberto.
Não pude deixar de me lembrar da colocação feita na celebração do casamento de um casal, e nem sempre possível de realização: "até que a morte os separe".
Marilene
(Não é ficção)
(Não é ficção)
Bom dia
ResponderExcluirFiguras que nos povoam e que despertam os nossos desejos e paixões. Existem hoje pessoas que se sabem cuidar e que pelo seu porte se tornam mais amadas ou desejadas.
Pelo meu lado chegou o tempo de assentar os pés no chão e aceitar a realidade dos factos.
Admirar as figuras belas será uma virtude mas deseja-las apenas para nós está fora dos sonhos.
Puxa, que maravilha e para o amor não há preconceitos, ainda que para alguns ele exista. Linda história ! beijos,chica
ResponderExcluirQue lindo!
ResponderExcluirAmei!
Um abraço carinhoso e tudo de bom sempre.
Boa tarde Marilene,
ResponderExcluirQue linda história!
O amor não tem preconceito;
algumas pessoas é que são maldosas e veem com maus olhos
um relacionamento como este e tantos outros.
Bjs \o/
Marilene arrepiou amiga, descrevestes num texto curto e palavras simples o verdadeiro amor... o amor não tem sexo... é simplesmente amor... Vim te dá um abraço e matar a saudade, como sabes estou naquela correria para arrumar a vida e zarpar para as férias, mas não posso deixar de aparecer, nem que seja para um oi na casinha dos poucos e bons amigos que sempre me abraçam. Um beijo e afagos no coração.
ResponderExcluir
ResponderExcluirOlá, Marilene
O amor é sempre belo. É reconfortante verificar que existem casos que nos provam isso.
Bj
Olinda
Que linda história, Marilene. E que bom que não é ficção. O amor não tem idade, não tem preconceito, não tem julgamentos. E que se danem os outros! bjsssss
ResponderExcluirMarilene
ResponderExcluirA história, naturalmente verídica, mostra que o amor não é construído com preconceitos, nem são os preconceitos a trazer a felicidade.
Queria dizer que INTEMERATO, substitui o TOP SECRET OLAVO, sendo a minha autobiografia, sem truques de ficção. No meu caso, a realidade ultrapassará a ficção.
Beijos de amizade
Uma historia real e sem preconceito. O amor esta acima de tudo sempre.
ResponderExcluirParabens amiga, pela belissima leitura a nos proporcionar.
Beijos e uma linda senama pra você!
Que história hein Mari?
ResponderExcluirEu tive que ler duas vezes porque achei que não estava entendendo... E de fato eu vi que já tinha entendido da primeira vez.
Cada um sabe de si e cada cabeça uma sentença, assim eu entendo.
bjs pra ti querida amiga
saudades
Lu C.
ResponderExcluirOi mana,
No amor não deve haver fronteiras ou preconceitos. Ele existe para todos, indistintamente. Ninguém determina ao coração a quem ele deve se entregar.
Pelo visto, foi uma bela relação, que muitos casais tradicionais não têm a sorte de
vivenciar.
Beijo.
Oi, Marilene, penso que enquanto as pessoas se deterem nas preferências e cuidarem tanto da vida dos outros, deixam de viver suas próprias vidas, talvez momentos belos. Essas 'picuinhas' que ainda existem hoje, um dia vai acabar. Vamos olhar com normalidade. Pode levar algum tempo, mas assim como está não vai ficar.
ResponderExcluirSão pessoas, isso é que importa. Têm sentimentos, são amáveis, sofrem, amam... por que descriminá-las? Tem gente que ainda não se tocou que certas coisas, diante da vida e de seus mistérios, diante da sua finitude, certas manifestações são pura perda de tempo. E mais: que mal estão fazendo aos outros? Estão roubando? Matando? Torturando? Por que então essa neura?
Beijos, amiga.
Oi, Marilene, boa noite!
ResponderExcluirUma historia muito bonita,o amor quando acontece, simplesmente tem que ser vivido. Não importa com quem ele chegou, e de forma chegou. Ninguém consegue controlar o coração. Eu acho o Preconceito uma droga,as pessoas parece que não consegue se livrar dele nunca. Cada um vive da forma que quer, no mundo há espaço pra todos.
Que sua semana seja de muitas energias positivas muitas paz e muita luz.
Um abraço!
Bom dia, Marilene. Uma história linda, que infelizmente findou-se fisicamente com o chamado da morte, mas creio que um amor assim, permanecerá espiritualmente.
ResponderExcluirNosso mundo é muito preconceituoso, as pessoas são violentas, agressivas, quando o que é dito ser "normal" não acontece em termos de relações amorosas, o que é um absurdo tamanha intolerância.
Acredito que o preconceito pode diminuir, mas ele jamais será extinto.
Somente as pessoas evoluídas, se furtam em possuir em si o preconceito, que é nocivo e nada inteligente.
Acredito que se alguém tem de dar contas de seus atos, é com Deus e mais ninguém.
As pessoas têm em geral a mania de julgarem como se fossem melhores do que as outras, que vivem diferentemente do que a sociedade impõe.
Existem casais heterossexuais e em grande escala, que não respeitam suas mulheres, vimos isso todos os dias.
Sei que existem os que respeitam e sabem como tratar suas mulheres.
Que cada um cuide da sua própria vida e deixe a do outro em paz, cada um é feliz do jeito que quer, desde que não faça mal à ninguém, e amar pessoa do mesmo sexo não causa dano ao ser humano, que de humano está cada vez mais difícil em achar alguma coisa.
NÃO AO PRECONCEITO DE TODAS AS FORMAS, é a bandeira que em primeiro lugar precisamos erguer dentro de nós!
Beijos na alma e linda semana de paz!
Cada vez mais temos que estar preparados que um casal pode ser de pessoas
ResponderExcluirdo mesmo sexo e que vivem e morrem, tendo os problemas normais de quem
vive em conjunto.
Tudo mudou, a nossa mente tem que estar aberta às novas realidades.
Não ter preconceitos.
Bj.
Irene Alves
Olá, Marilene!!
ResponderExcluirNossa! Para o amor não há fronteiras.Embora ainda cause estranheza ver casais do mesmo sexo. Mas quem somos nós para julgar, né?! Como dizia minha vó:"Cada um sabe onde lhe aperta o calçado!"rsrs
Saudades, amiga!!
Beijos e tudo de bom!