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(Ben Goossens ) |
Com todas as exigências que hoje lhes são feitas, as crianças perdem a infância e conhecem, prematuramente, o estresse. Suas agendas são tão cheias quanto às de seus pais. Espera-se delas, fora da época adequada, disposição para um aprendizado com grande abrangência. Sobra pouco tempo para a diversão e, na maioria das vezes, esta fica restrita ao interior de um apartamento e a um computador.
Não generalizo, apenas observo. Hora do inglês, da natação, da escola... correria e cansaço. O mesmo cansaço que apresentam os pais, quando chegam em casa, sem disponibilidade para as brincadeiras infantis, que tanta falta lhes fazem. Tornam-se adultos precoces que não aprenderam a colorir a vida. O consumo é exacerbado, como forma de compensação. Desinteressam-se logo pelos brinquedos e ficam atentos aos chamados da mídia. Querem sempre mais e mais. Talvez seja essa a forma que encontram para preenchimento de suas carências.
Na infância, brinquei . Na simplicidade de minha família não havia lugar para atividades extra-curriculares. A rua era nosso parque de diversões. É certo que os tempos são outros, mas a infância continua sendo a época para "aprender" tudo brincando.
Os grandes condomínios possuem excelentes áreas de lazer, mas o convívio fica restrito a seus moradores. Busca-se proteção, mas o conhecimento de diferentes estilos de vida é prejudicado. Infelizmente, é uma tendência do mundo moderno e nem nas cidades consideradas pequenas as crianças podem correr, jogar bola, conviver com a natureza, como em outros tempos. Percebo-as, de certa forma, mais distantes e até mais frias. Desenvolvem habilidades, conversam como adultos, mas perdem aquela alegria infantil que a liberdade proporciona. Até elas são dominadas pelo medo, em vista das recomendações (justas) de seus familiares.
O progresso está nos engaiolando e as prendemos conosco. São preparadas para o amanhã e perdem algo de que sentirão muita falta, mesmo sem conhecer, por toda a vida. Não terão as nossas lembranças e nem conhecerão, ao vivo, muito daquilo com o qual convivemos. As crianças, hoje, são pequenos adultos.
Marilene
Na infância, brinquei . Na simplicidade de minha família não havia lugar para atividades extra-curriculares. A rua era nosso parque de diversões. É certo que os tempos são outros, mas a infância continua sendo a época para "aprender" tudo brincando.
Os grandes condomínios possuem excelentes áreas de lazer, mas o convívio fica restrito a seus moradores. Busca-se proteção, mas o conhecimento de diferentes estilos de vida é prejudicado. Infelizmente, é uma tendência do mundo moderno e nem nas cidades consideradas pequenas as crianças podem correr, jogar bola, conviver com a natureza, como em outros tempos. Percebo-as, de certa forma, mais distantes e até mais frias. Desenvolvem habilidades, conversam como adultos, mas perdem aquela alegria infantil que a liberdade proporciona. Até elas são dominadas pelo medo, em vista das recomendações (justas) de seus familiares.
O progresso está nos engaiolando e as prendemos conosco. São preparadas para o amanhã e perdem algo de que sentirão muita falta, mesmo sem conhecer, por toda a vida. Não terão as nossas lembranças e nem conhecerão, ao vivo, muito daquilo com o qual convivemos. As crianças, hoje, são pequenos adultos.
Marilene
É verdade, Marilene. E o pior é que o termo "pequenos adultos" é muito verdadeiro. Várias crianças acabam não só se comportando como adultos, como também tendo um linguajar quase igual. Parecem "anões". E, infelizmente, isso parece cada vez mais irreversível no mundo moderno. bjsss
ResponderExcluirOlá Marilene
ResponderExcluirCom essa dos tempos são outros, dito teu, o mote está dado para tudo que dizes muito certo. És uma observadora e uma socióloga nata.
Vem a propósito convidar-te a visitar o meu INTEMERATO, objetivando ali escrever a minha autobiografia, é mais uma ideia sobre ideia sobre o assunto. Por outro lado INTEMERATO, é o sucessor de TOP SECRET OLAVO.
Bjs de bom Sábado
Pena que os só seja realidade! Muito bem colocado aqui! Bjs chica🐞
ResponderExcluirTexto bonito e bem realista. E é bem comum as crianças de hoje, não terem respeito algum para com os mais velhos. Lamentável!
ResponderExcluir
ResponderExcluirVerdade, mana.
Fico penalizada de ver a maioria das crianças com tantas responsabilidades e com tão pouco tempo e espaço para viver sua infância, que jamais será resgatada. Tudo mudou, embora ainda haja pais que procurem oportunidades para colocarem seus filhos em contato com brincadeiras sadias e próprias desta linda fase. Mas as limitações são grandes e creio que nenhuma infância será a mesma daquela vivida pelas outras gerações das famílias.
Ótimo texto.
Beijo.
É verdade, Mari!
ResponderExcluirA modernidade é otima mas tira a naturalidade da criança.
Bons tempos em que eu e minhas irmas, mesmo sendo eu bem pequenina por ser das mais novas, bricávamos de casinha e meu irmãos com bolinhas de gude ou caminhõesinhos feitos pelo irmao mais velho com lata de oleo. Quando pre-adolescentes, iamos a tardinha com a garotada da vizinhança, para uma rua fechada brincar de pique bandeira com torcida e tudo! Deu ate saudades!rs
Tudo isso sem nos preocuparmos com a proxima fase do jogo de videogame ou com outras exigências chamadas "comodidade" do mundo moderno. Ah quanto estresse para cabeça de uma criança!
Belissimo e muito bem refletido o seu texto, como sempre!
ps: Amiga, nao sei se voce curte selos, pois deixei um presente aos que comentaram no texto Sensibilidade. Se nao curte, nao tem problema, mas se quiser passar no meu cantinho dos mimos só pra ler um pouquinho de mim, será um prazer recebe-la!
Beijos!
Oi Marilene,
ResponderExcluirQue crônica excelente.
É triste ver a perda precoce da infância...
as crianças perderam a inocência.
Infelizmente isso é um reflexo da sociedade atual,
e o que existe é falta de relacionamento.
Bjs!
Olá Marilene
ResponderExcluirEsta é uma grande e triste verdade. Com este texto conseguiu captar a realidade das crianças da actualidade que com o tempo ocupado por variadíssimas actividades acabam por não apreciar um tempo que deveria ser só delas, em que a imaginação tivesse um lugar privilegiado.
É o progresso, que tem a sua face positiva mas que por outro lado nos vai tirando coisas importantes de uma forma irreversível.
Beijos
Olinda
Lindo, Lene. Aliás, precisamente lindo. Parabéns!
ResponderExcluirMarilene, um beijo no seu coração. Sua crônica é bastante oportuna. Com tanta modernidade e avanço tecnológico que estamos vivendo, a infância parece não ter mais o brilho encantador da simplicidade de nosso tempo. É uma realidade dos tempos atuais mas que deveria conservar a essência dessa fase de nossas vidas como no nosso tempo de criança.
ResponderExcluiroportuno esta crónica que merece reflexão.
ResponderExcluiruma boa semana.
um beijo
:)
Oi, querida Marilene!
ResponderExcluirSua "VISÃO FEMININA" é uma verdade insofismável.
Eu, nós, fomos meninas com bonequinha e saltámos à corda, também. Brincadeiras e brinquedos salutares, diria eu.
Hoje, se compensam os filhos, lhes dando presentes sofisticados, como celulares na instrução primária.
O mundo está mudando, em alguns aspetos, para pior, em minha opinião.
Linda semana.
Beijos da Luz.
Um menino que nasce e cresce dentro de uma redoma de vidro, "num mundinho pre-fabricado," não pode apreciar o belo ou, se quer, saber da existência dele existe.Belo texto. Beijo do:- Byjotan.
ResponderExcluirTotalmente de acordo. Eu própria tenho casos na família com os quais não concordo.
ResponderExcluirTenho um membro da família que só faz 3 anos em Setembro(vive na Irlanda)fala
muito mais em inglês do que em Português, e fixa tudo o que vê no computador
(os vídeos do youtube para crianças e que vê na televisão irlandesa.Brincar ele
brinca, mas passa já muito tempo no computador.
Bjs.
Irene Alves
è realmente lamentàvel. Por aqui o que eu vejo sao crianças que nao interagem mais entre eles. A gente os grupinhos, mas cada um com seu celular, jogando ou mexendo no facebook. Nao vejo mais os adolescentes conversando. Eles saem juntos, mas cada um com o seu fone de ouvido, cada um ouvindo sua musica.
ResponderExcluirE eu me pergunto: onde a gente vai parar? Serà que estamos trocando a vida real pela virtual?
Lamentavel. Lamentavel.
(Eu fugi um pouco do tema, que era criançAs sem tempo, mas queria compartilhar a minha esperiencia)
beijos
Mas bota verdade nisso, Marilene: pequenos adultos cuja brincadeiras estão ligadas ao ramo da informática! E trocentos compromissos, nada de minha época de subir em árvores, tomar banho num rio nos fundos da casa de parentes, bonecas, carrinhos e bolar um armazém com vendas de tudo que pegávamos da cozinha de nossas mães. Nós tivemos infância, havia pouco perigo nas ruas onde a vizinhança se reunia para brincar de tudo. Sou da época dos gibis, com eles aprendi a gostar de ler. Hoje, a criatividade está num Facebook!
ResponderExcluirMeus filhos já não tiveram nada disso, mas bem menos do que vemos agora: criança sem infância!
Beijos, amiga!
Mesmo , que esteja vendo a vida preto branco.
ResponderExcluirOlhe para o céu veja o inifito azul onde quem
tem fé no criador encontrara coragem e força para passar
pelas tribulações.
E a noite se emocione com a beleza da lua e do céu estrelado.
Em cada estrela vera um anjo zelando e olhando por você ..
enquanto a lua ilumina sua linda alma
veras como pode ser feliz na graça e na presença de Deus.
E muito carinho eu trouxe para você , que tanto amo.
Beijos na alma afagos no coração.
Evanir.
PS: fico triste em não poder informar
como anda minha vida;
Basta vc notar minha ausência creio ,
que já diz tudo.
Eu não ando nada bem .
Deus abençoe seu final de semana
paz e luz.
Bom dia, Marilene!!!
ResponderExcluirConcordo plenamente contigo minha amiga!!!
Temos que fugir das amarras da sociedade pós-moderna, que visa o ter, o parecer...e esquece do ser. O SER precisa de paz, de períodos de reflexão...imagine as crianças!!
Sou contra agenda infantil. Tudo tem seu tempo sua hora!
Beijos e meu carinho!
Admiro quem sabe traduzir em palavras os sentimentos e vivências diárias.
ResponderExcluirVc descreveu muito bem o problema.
Eu tive uma infância modesta. Não podia brincar na rua, pois sempre moramos em avenida, mas o vizinho vinha em casa e era bola, peteca, amarelinha, bolinha-de-gude, desenhos à tarde na TV. Não sobrava dinheiro para extra-curriculares e minha mãe sempre trabalhou em casa (cozinhando, limpando, lavando e cuidando de nossa educação).
Acho que mais grave que o engaiolamento é a falta de atenção dos pais, o passar a vivência, amor e respeito que os pequenos devem ter pelas pessoas no dia-a-dia.
Eu tenho um sentimento comigo que acho que os pais podem mudar tudo isso com pequenos gestos diários ou até semanais, mas precisam realmente estar dispostos a isso.
Belíssimo texto.
Tem uma tag em meu cantinho. Se quiser trazê-la pra cá e participar, fique à vontade.
Abração esmagador e ótimo findi.
Muito bem-escrito, Marilene!
ResponderExcluirE também um assunto oportuno.
Na verdade, temos criado atualmente nossas crianças sob uma égide da competição que o próprio capitalismo nos traz, e também, inseridos nesse contexto, a questão da pressa e até mesmo o (des)acompanhamento dos pais, que preferem colocar na educação/cursos e afins a responsabilidade pela evolução na criação deles.
Beijos!
Marilene,
ResponderExcluirvocê se supera e sempre de uma forma extraordinária e me orgulhos com toda empafia merecida de ser um dos seus fiéis seguidores.
No "FALANDO SÉRIO" tem uma nova postagem, no estilo que você gosta.
Um abração carioca.
Ola Marilene, eu gosto do jeito que voce escreve e expressa emocoes e vivencias.
ResponderExcluirCuando eu era uma crianca, tive varias atividades extracurriculares, e muitas vezes me sentia um poco cansada de tantas atividades... eu solo deseaba jugar e jugar.
Beijos, tenha um lindo dia.
Oi, Marilene, como vai? Seu texto me fez pensar no passado histórico, quando crianças era adultos em miniatura...regredimos, então?
ResponderExcluirConcordo que a tecnologia e as inseguranças provenientes da violência estão subtraindo da criança o direito de exercer o direito de ser criança. Perde-se tanto tempo estudando para o futuro que o presente perde em bagagem humana.
Um abraço!
Oi amiga, lembro-me da minha infância com muito carinho! As crianças de hoje não são mais como as de antigamente!
ResponderExcluirTenha uma linda semana, beijos!!
Passando pra te desejar uma ótima semana, Marilene. bjsssss
ResponderExcluirOi, querida Marilene!
ResponderExcluirNão sabia se já tinha ou não comentado seu texto, mas já vi, que sim.
Obrigada pela seu apoio. O Blogger tem regulamento, tudo bem, mas, e como me disse um seguidor, o Aluísio, o BELO, não deveria ter limites. Estou de acordo, também.
A pedido do Adriano, que muito estimo, e de outros "Adrianos" postei ontem umas palavrinhas, coisa bem simples, no "Luzes e Luares". Se pretender, passe lá. Obrigada, desde já.
Boa semana, com amor e harmonia.
Beijos afetuosos da Luz.
Boa tarde voltando para meus queridos(a)
ResponderExcluirQue maravilha trazer de volta o que sentimos num passado la distante
tb´me lembro bem da minha infancia foi legal mesmo, que muito fica
perdido no tempo...abraços
Bjuss com carinho....
└──●► ¸.·*´¨) ¸.·*Rita!!
Oi, Marilene, boa noite!
ResponderExcluirSeu texto me fez relembrar meu tempo de criança, quando a rua era meu parque de diversões, e não havia espaço para atividades extra-curriculares. Será que esse tempo bom voltará um dia?
Abraços!
Marilene, você me fez voltar no tempo e brincar de novo na rua em frente a minha casa de 'roda', de 'pega-pega'... de tanta coisa que ainda me lembro de todas as brincadeiras, que pena que as crianças de hoje não podem ter a infância que tivemos.
ResponderExcluirUm abraço amiga e lindo final de semana.