Partilhava suas dores e recebia manifestações de apoio e de carinho.
Mostrava suas lágrimas e recebia pequenos e eficazes raios de sol para que, com seu brilho, lhe fornecessem
alento. Escondia-se, por vezes, dentro de si mesma, e ouvia palavras que a acordavam dos pesadelos e a faziam voltar à vida.
Quando reclamava desamparo, recebia protetores abraços, que lhe aqueciam o corpo, afastando o frio da solidão.
Mas nada oferecia, dizia-se vazia de calor humano para ter algo a dividir. Olhava
apenas para si mesma e quando alguém deixava de lhe dizer palavras afetuosas, zangava-se, dizendo que o mundo estava cheio
de pessoas egoístas e indiferentes. Onde morava a solidariedade? Não se mostrava grata pelo que recebia, pois era
uma sofredora e merecia todos os cuidados de quem com ela convivia. Não tirava a vestimenta de coitada
sequer quando dormia. Por que o faria, pensava, se suas noites não eram de sonhos e seu amanhecer não trazia
esperanças?
Olhava os jardins com desdém. Não apreciava a beleza das flores porque as
considerava privilegiadas, rodeadas por borboletas coloridas, sem ter que fazer nada para isso. O canto dos pássaros
a incomodava. Por que estavam sempre felizes e não se preocupavam com o tempo? E ainda ousavam pousar em sua
janela, como a lhe gritar o seu contentamento com a vida, sem respeitar sua constante melancolia.
Chamava-os atrevidos e os espantava como se lhes pudessem fazer algum mal.
Caminhava de cabeça baixa para não ver sorrisos, ainda que lhe fossem
dirigidos. Não iria retribui-los mesmo, pois a vida não fora festiva com ela e só lhe apresentava escuridão, concluía. O carinho que muitos lhe
ofertavam só poderia ser resultado de pena. Merecia tanto, e só
recebia migalhas. Abrigava-se, confortavelmente, na infelicidade, pois só assim angariava
atenção e afeto.
Mas todos se cansam. Esperar, inutilmente, por resultados positivos,
enfraquece o estímulo. Passaram todos a evitá-la, pois já sabiam que iam ouvir lamentações e que estas poderiam
anuviar seus dias , onde costumavam colocar luz e cores.
Cada vez mais só, passou ela a nutrir uma raiva generalizada. Nunca ousou
sair daquele círculo vicioso, nunca tentou um novo olhar, nunca pensou em ser boa companhia, em ouvir
atentamente o que lhe diziam, em oferecer palavras de conforto a quem se sentia da mesma maneira. Passou
seus dias brigando com a vida, de costas para o sol e para os bons corações que tentaram fazê-la se
levantar e caminhar como todos, ainda que, inicialmente, com normais tropeços.
E, assim, envelheceu. Ficou conhecida, pelas crianças, como a bruxa da janela, onde ficava o dia
inteiro a fitar a rua e pronunciar palavras desconexas. Tinha como única companheira a infelicidade, aquela que
fez questão de criar e alimentar, cuidadosamente. E que por ter sido tão bem tratada, em
seu coração resolveu morar, definitivamente.
(imagem internet) |
Marilene
Bom dia
ResponderExcluirEsta é uma bruxa muito gira. Tenho presente em mim a imagem desfocada de bruxas feias,mal-cheirosas e antipáticas. Têm o condão de afastar todas as pessoas à sua volta.
Em traços simples deixou-nos uma pintura mais próxima dessas figuras que sempre nos povoaram de imaginação. Gostei.
Olá, querida Marilene
ResponderExcluirCruz credo!!! rs...
Brincadeira à parte, uma definição bem suculenta de como ser bruxa de espírito...
Foi bom meditar no quesito 'infelicidade crônica' para começar um excelente Domingo com super ânimo e alegria...
Bjm fraternal
Ha bruxas por todos os lados.
ResponderExcluirMetaforicamente, são pessoas que nunca sabem sorrir e ainda se incomodam com sorrisos alheios. Destas, faço questão de manter-me distante!rs
Beijos e um domingo cheio de cores pra voce!
Que lindo,Marilene! Deste a descrição perfeita de uma bruxa que só pensa em si, só acredita que SUAS vontades tenhas que ser realizadas, seu verbo só existe a 1{ pessoa do singular e que está sempre de mal com a vida. Parece até que conheces uma bruxa que conheço e que está envelhecendo cada vez mais abandonada e deixada de lado!
ResponderExcluirPobre coitada,bruxa!! Tem na velhice o que cultivou pela vida bjs, chica
Pessoas que vivem assim acho que pode ser bruxas mesmo
ResponderExcluirpensam em si próprias e ficam sozinhas um texto maravilhoso
Bom domingo
Bjusss
└──●► *Rita!!
Las brujas... Isso aí, Marilene! Abraço grande.
ResponderExcluirMarilene: Lindo texto esta era uma bruxa muito gira quando leio textos a falar de bruxa como eu ja escrevi um poema me faz lembrar uma conversa do meu Pai que dizia que não acreditava em bruxas mas ao mesmo tempo dizia eu não acredito mas que as há, há. Bom domingo com tudo de bom.
ResponderExcluirBeijos
Santa Cruz
"Fazes o bem, sem olhar a quem", foi a frase que me veio à mente.
ResponderExcluirImagino, como alguém possa alguém viver sem se dar um pouco de si, ao outro!
Certamente, é muito infeliz! Há, infelizmente, muitos bruxos e bruxas, espalhados por aí...
Bom domingo, beijos!
Lúcia, não consigo encontrar seu espaço. Poderia, por favor, indicá-lo para mim? Bjs.
ExcluirBoa tarde, Marilene. Ela reclamava tanto das pessoas porque era uma pessoa extremamente egoísta, achando que os outros não tinham problemas como qualquer mortal.
ResponderExcluirEla supervalorizou suas mazelas e com isso não teve como libertar-se delas, crescer espiritualmente, tirar o rancor que nutrira pela vida e seus desalentos.
Pobre dessa alma que não conheceu o sentimento de resignação, gratidão e fé.
Sempre podemos fazer algo para melhorar o nosso estado de espírito, a começar por exercitar a gratidão.
Quando somos pessoas voltadas para o próximo conseguimos enxergar que nem tudo em nossa vida é destruição e que podemos dividir tristezas e somar alegrias.
Ela jamais seria feliz com tanto rancor abrigado em seu coração.
Certamente a sua alma foi adoecendo e para ela não tinha mais cura, pois foi uma escolha pessoal a lamúria.
Olhar para o outro é tão importante como olhar para nós mesmos e tentarmos fazer algo diferente!
Parabéns, Marilene.
Tenha uma semana de muita paz.
Beijos na alma.
Olá mana,
ResponderExcluirHá mesmo pessoas travestidas desse tipo de 'bruxa'. São pessoas de mal com a vida, egoístas e de baixa autoestima. Nada lhes satisfazem e só sabem murmurar, num constante processo de ingratidão com a vida. Tais pessoas afastam todos de si, pois negativismo é contagiante. São amargas e infelizes e, realmente, parecem se acostumar com esse processo de autodestruição e acabam por terminarem sós. Despertam pena, infelizmente.
Que haja menos 'bruxas' e mais pessoas vibrantes com a vida e corajosas para superarem suas frustrações, dores e eventuais infortúnios.
A imagem é muito linda. Adorei a sintonização das cores utilizadas pela artista.
Beijo.
Por vezes quem mais amaldiçoa é quem mais precisa de amor...
ResponderExcluirUm beijinho amigo
Olá, Marilene! Desculpe, mas tive que rir no final, rsrsrs, embora a história seja triste. Aqui onde moro, minha filha e uma enteada que morava comigo apelidaram uma senhora do andar de cima de "bruxa do 71", justamente por essa personalidade ranzinza e mesquinha. Com o tempo comecei a conceder-lhe um pouco de atenção... ela até deu uma melhorada, mas não há muito o que fazer para alguém que se recusa a olhar a vida diferente, não é mesmo? Ou tomando atitudes que melhorem nosso dia a dia... Paciência. Um abraço!
ResponderExcluirQue belo texto, Marilene!
ResponderExcluirExistem tantas pessoas assim, infelizmente. São pessoas que por vezes á trazem consigo desde sempre uma grande melancolia e alheamento, parecendo nunca conseguir sorrir e que mesmo que a vida as não atinja com grandes infortúnios estão sempre apáticas ou de mau humor não existindo beleza para elas. Outras há cuja vida foi madrasta e que também não têm força nem capacidade de entendimento para ouvir os outros e compreender que os abraços e sorrisos recebidos, as palavras amigas, também são para ser retribuídos. Hipervalorizam-se a si próprios desvalorizando os outros.
Por outro lado existem pessoas cuja vida foi e continua a ser injusta, mas com uma força interior que lhes permite não culpabilizar o mundo e os outros pelo que lhes acontece, e são pessoas amigas do seu amigo, sempre agradecidas pelo apoio que recebem.
No fundo, quem não entende que o a mor é dar e receber acaba inevitavelmente sozinho, sempre triste e zangado com a vida e com os outros. Acontece muito.
Gostei muito de ler, Marilene, e a imagem também é muito bonita!
Um bom resto de domingo para ti!
xx
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirInteressante o texto! Nossa! Acho que o mundo anda cheio de bruxas!!!Amiga, um início de semana cheio de alegrias e parabéns pelo estilo do texto!Bem dinâmico!
ResponderExcluir
ResponderExcluirUm conto que reflecte um olhar atento ao que a rodeia amiga Marilene.
Quando a infelicidade e a amargura se instala definitivamente no coração qualquer pessoa vira bruxa.
Quem não conhece pessoas assim, que querem que todo o mundo sofra também e nada fazem para melhorar a sua vida.
Livrai-nos desta tentação ! :)
beijinho e boa semana
Fê
Antes de comentar "Que triste para ela!" precisamos perceber o quão agimos assim em tantos momentos sem nos darmos conta do mal que espalhamos pelo mundo e para nós mesmos. Entretanto, possuir conhecimento de tal ocorrido sobre nossas próprias ações já nos salva um bocado disto!
ResponderExcluirAbraço
Bela reflexão!
ResponderExcluirAbraço.
Uma bruxa bonitinha,
ResponderExcluiruma bruxa mais feiota
uma bruxa ainda menina
e uma bruxa mais velhota.
A mais menina ainda não sabe,
a mais moça sabe fazer batota
ela voa na vassoura em liberdade
se calhar com saudades chora?
Boa noite amiga Marilene, um beijo.
Eduardo.
Marilene, e como esbarramos com pessoas assim, carentes, doentes. Sim, doentes. Pessoas assim merecem nossa compaixão etc e tal, mas amiga... não dá para conviver! Isso, que carregam, é coisa pra cachorro grande tratar, ou seja, caso para psiquiatra. Sou solidária, companheira, compreensiva... mas carência é dose, nada chega, é um saco sem fundo. Fico desconectada. Tão bem escrito que acho que não é ficção, tua personagem deve ser muito real.
ResponderExcluirBeijo grande!
Bom Dia Amiga Marilene..
ResponderExcluirSeu texto fala algo muito importante principalmente
de quem vive a proclamar as tragédias do dia a dia,
talvez por habito de nunca ver visto o lado bom da vida.
Amiga..Sou conhecedora entre a bruxa, e os verdadeiros
q sofrem nessa vida , mas deveriam pensar q ñ são os únicos
a sofrer.
E você fala da importância do agradecimento daqueles q recebem
conforto , carinho e amizade sem ser grata por nada.
Lendo atentamente seu texto é ate emocionante ,
pois a coitada já era tão amargurada q mal via a própria sombra.
Já cuidei muito de paciente descompensado nessa vida,
eles ñ tem visão q amanhã poderá ser curado e ser feliz.
Todos nos temos carência de alguma coisa na vida,
q não nos da o direito de sair fazendo das pessoas
um muro de lamentações..
Já me sinti o fardo na vida de pessoas q
julgava ser amiga ou boas primas.
No entanto dor foi feita para ser resolvida com capacitados
médicos coisa q esta em falta no Sus da vida.
Gostei do texto além de bem argumentado .
uma lição para o munda das bruxas.
Uma abençoada semana.
Paz e luz.
Evanir.
Infelizmente, Marilene, muitas pessoas existem que adotam essa escolha... e, assim, desperdiçam a própria vida! Belo texto, boa semana.
ResponderExcluirBoa tarde Marilene :)
ResponderExcluirQuem se faz de coitada,
e só reclama de tudo e de todos,
além de sugar a energia de quem a rodeia,
ainda corre o risco de virar uma 'bruxa' solitária e raivosa!
Muito boa sua postagem.
Bjs!
Olá amiga, há pessoas que acabam por ter uma vida muito
ResponderExcluirdepecionante!
Gostei do texto.
Desejo que se encontre bem.
Bj.
Irene Alves
Quem sabe, um pouco mais de compreensão, paciência, solidariedade e atenção, possa, aos poucos, incutir-lhe doses homeopáticas de otimismo, discernimento, autoestima, compreensão e a convicção de que a vida só é boa devido aos seus altos e baixos, e que, nem tudo é como a gente quer que seja. Belo e bem coordenado texto.
ResponderExcluirAbraços,
Furtado.
Querida amiga venho por meio deste, pedir desculpas pelo cola e copia, e também pelo meu silencio, mas tem sido por conta de colocar a vida em ordem.. rsrs..
ResponderExcluirHoje Trago uma boa noticia, está chegando o dia do lançamento do meu livro. Uma Menina Chamada Esperança.
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Obrigada de coração pelo carinho recebido pela sua amável presença, neste meu cantinho
Que Deus abençoe você sempre e sempre...
Abraço amigo!
Maria Alice
gosto de bruxas e de outros seres marginais, cuja existência, por vezes, nos redime.
ResponderExcluirgostei muito do texto
beijo
Impossível não gostar da sua escrita. Muito boa esta sobre as bruxa, que me atrai sobremaneira.
ResponderExcluirBeijo
Boa noite, Marilene
ResponderExcluirGostei imenso deste seu texto, impecavelmente escrito.
Descreve na perfeição um tipo de pessoas que, infelizmente, existem, e parece terem vindo a este mundo com a exclusiva missão de azucrinar a vida das outras pessoas.
São, elas próprias infelizes, e não se esforçam minimamente para alterar o seu modo de sentir; só espalham infelicidade à sua volta. É triste, mas é verdade!
Amiga, achei engraçado o seu comentário acerca do passeio de barco. Agora imagine: depois de dar a volta a todos os ilhéus, o "capitão" do barco avisou que íamos regressar. Mandou apertar os cintos, sentar muito direitos e agarrar-se bem a uma pega nas traseiras do banco à nossa frente. Porque - disse ele - a adrenalina vai subir. Não queira saber a velocidade a que navegámos :) O barco parecia voar, em vez de deslisar sobre a água :)))
Uma semana feliz.
Beijinhos
Mariazita
Como esta, existem tantas... mas há que se livrar...
ResponderExcluirBeijo.
Superficialmente, parece uma simples trama ficcional, Marilene, muito bem escrita por vc, diga-se; mas sabemos que existe muita gente assim. Excelente postagem. Beijos e boa semana.
ResponderExcluirQue triste!
ResponderExcluirMas infelizmente existem pessoas assim, que cavam um buraco tão fundo e cultivam ali a infelicidade.
Que pena que isso é verdade.
Um abraço querida Marilene.
Lendo e recriando esta personagem Marilene.
ResponderExcluirComo tem gente com esta rabugice, esquecem de viver olhando para o umbigo.
Bela cronica.
Aplausos amiga.
Bju
Deixou-se encher do vazio que lhe ia n'alma e o alimentou com vagar e constância de amarguras inventadas e angústias acalentadas,virou as costas para a dádivas das vida e dela se afastou.
ResponderExcluirNeste conto-verdade muitos e muitas vêem seus próprios reflexos.Bela página, Mari, aliás como de costume.
Bjos,
Calu
existem muitas pessoas assim....
ResponderExcluir:)
Olá Marilene! Passando para te cumprimentar e desejar uma boa noite e uma ótima quinta-feira para ti e para os teus.
ResponderExcluirAbraços,
Furtado.
Belissimo retrato de muitas pessoas a quem falta a luz da alma e vivem numa tristeza permanente que contagia os outros e que origina o seu afastamento.
ResponderExcluirUma análise muito bem feita e bem descrita.
Parabéns Marilene!
ZCH
ZCH
Oi, Marilene!
ResponderExcluirConheço pessoas rabugentas que imagino o final de suas vidas. Pessoas assim são de difícil convivência e a tendência é as pessoas se afastarem, mesmo aquelas que inicialmente lhe destinam carinho. Afinal, a convivência é uma vida de mão dupla e as pessoas necessitam de sentirem-se bem-vindas.
Não desejo a solidão como companheira de final de vida para ninguém!
Beijus,
Gosto de te ler. Gosto da forma como agarras um assunto. Prendes e isso nem toda a gente é capaz, pois concentra-se demais no rebuscamento lexical.
ResponderExcluirEste texto retrata, cabalmente, um certo tipo de pessoas que, por cá, designamos de vítimas. Costumamos dizer: olha ela/ela a fazer-se de vítima. Tudo o que de menos bom acontece é sempre culpa dos outros. É doença virulenta e, como tal, há a natural tendência de nos distanciarmos. Assim, só podemos dizer "Que se curem" visto que, cada um, já tem problemas demais a resolver. Um sorriso ou outros gestos é que devem ser privilegiados na relação interpessoal.
Meu bjo, Marilene :)
Amiga, até parece que conheceste uma vizinha que tivemos quando ainda criança eu e minha turminha morríamos de medo quando ela estava à janela de uma casa sinistra, na rua onde morávamos. Todos a temiam e a retratavam tal qual o fizeste no conto. Não saberia dizer se com o tempo houve alguma mudança no seu comportamento, pois nos mudamos e dela nunca mais tivemos notícias. Mas sabe que naquela época, aliado ao medo também surgia uma pontinha de pena ao vê-la tão só a "vigiar" os passos dos mais velhos e as brincadeiras das crianças, sempre a reclamar de alguma coisa.
ResponderExcluirImpressiona-me (e causa uma admiração muito grande!) ver-te lá no Fragmentos... com um poema tão primoroso, e agora a nos presentear com este conto tão expressivo.
Meu carinho,
Helena
Marilene, assim como a Taís, acredito que esse texto seja de não-ficção.
ResponderExcluirOu talvez existam tantas "bruxas" assim que se tornou corriqueiros identificá-las através do teu texto.
Mas sabe, eu acho que muitas vezes nós julgamos tudo precipitadamente, é uma coisa típica do ser humano e não culpabilizo totalmente a pessoa em si por ter se tornado assim, mas o ambiente cada vez menos altruísta que vivemos.
Claro que uma pessoa que já tem a mentalidade negativa é muito difícil de modificar depois da idade adulta, mas há sempre aqueles pequenos gestos que ajudam, como a Bia Hain mencionou tão bem...
Não podemos evitar que as pessoas sejam como são, mas também devemos compreender que tudo depende da personalidade, há pessoas que lidam com suas mazelas (ou fingem ou tentam lidar) da melhor forma possível, e outras que sucumbem.
Não julgo quem sucumbe, talvez apenas não conseguiu ser hipócrita e se adequar a este mundo onde o padrão, mesmo que fake nas redes sociais, seja o de felicidade.
Beijos.
Este teu blogue também é espectacular...Parabéns, Senhora Doutora, pelos belíssimos textos que tem aqui publicados!
ResponderExcluirBeijinho
:)))