04 julho 2011

RELAÇÕES PROFISSIONAIS


(domínio público)
                                                                
No campo profissional, as decisões consideradas mais importantes ou representativas para a empresa costumam estar delegadas às pessoas tidas como competentes para tal. Mas a escolha delas nem sempre segue, realmente, essa aptidão, que há que ser natural. Entre chefes e líderes há uma grande diferença. Ideal se a atribuição de comando recaísse sobre quem tem essa natural capacidade de se fazer seguido, ouvido, mesmo dentro de uma discussão saudável, que resulte em acatamento das decisões sem sentimento de intolerância.

Já convivi com vários "chefes" e com poucos líderes, no sentido exato da palavra. Esses chefes são obedecidos por temor a represálias e não por similaridade de pensamento. Não são recebidos com afeto, mas com um sentimento de obrigação, de incômodo, tanto em salas de trabalho quanto nas próprias casas. Receber esse tipo de chefe pode ser uma tortura capaz de causar gastrite. E conviver com eles pode causar úlcera. São aqueles que, não tendo poder de convencimento, usam o tom de voz para se fazer ouvir. Não respeitam e não são respeitados. Gritam para esconder sua insegurança e até mesmo sua incapacidade. E quando o resultado não é positivo, encontram sempre um subordinado para ser responsabilizado.


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Rejeitam as boas sugestões porque não pensaram nelas antes e não querem colocar outra pessoa em evidência. Assim, vão criando um clima de insatisfação que faz mal a toda a equipe. Por isso, encontramos tantos trabalhadores desmotivados, em todos os níveis. Esse poder de decisão não está, necessariamente, ligado a cursos, especializações, diplomas. A melhor idéia pode vir de alguém sem tantas qualificações, mas com experiência e maior capacidade de discernimento.

As empresas, notadamente as multinacionais, investem em um aperfeiçoamento que não envolve, tão somente, a capacidade laborativa. Algumas têm buscado essa satisfação de pessoal, capaz de levá-las a um grau bem maior de produtividade, assim como à redução de reclamações trabalhistas. Não vivemos mais na era da escravidão. Os elogios, o reconhecimento e até a liberdade podem levar uma empresa a um garantido sucesso. Quem faz o que gosta ou desenvolve a atividade para a qual está apto, contando com apoio e incentivo, se sentirá feliz. E não há combustível melhor para o empregador, que esse.


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É certo que nem todas as decisões serão acatadas e aplaudidas. Mas as que foram tomadas por quem tem espírito de liderança , com abertura para discussão prévia, serão entendidas, mesmo que não consideradas satisfatórias em termos pessoais.

O mundo mudou. A busca por qualidade de vida está se acentuando cada vez mais. Vejo como indispensável o bom relacionamento para que qualquer empreendimento seja realizado a contendo e a contento. E todos aqueles que têm subordinados, em qualquer esfera e em qualquer número, devem acompanhar essas alterações, se quiserem permanecer firmes no mercado.  Chefes intolerantes, autoritários e desrespeitosos não têm mais lugar. Ou se reciclam ou vão, certamente, voltar à fila dos desempregados.  Se ainda não estão lá é porque seus subordinados ainda não se convenceram do grande poder que têm nas mãos, ainda não encontraram quem os lidere de verdade e lhes dê a confiança necessária para se insurgirem , obtendo o respeito que todos merecemos, em qualquer atividade profissional.



7 comentários:

  1. Respeito, essa palavra precisa ser mais usada.

    Bjs

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  2. Gostei muito e estou te seguindo.
    O post é muito real sou professora e já passei cada situação constrangedora...
    Se puderes, me faz uma visitinha, sou do Rio de Janeiro...beijos, tudo de bom.

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  3. Marilene,
    Esta aí uma grande verdade. Já tive chefe respeitado e chefe indesejável. Aquele com excelente jogo de cintura e trato pessoal, este com demonstração de autoridade e pouca sabedoria.
    Nenhum líder.
    Mas também fui "chefe". Tentei fazer o melhor que pude, mas também não fui perfeita. Só sei que lutei árduamente pelos interesses da instituição que eu representava.
    Beijos.

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  4. Odeio grito, pessoas civilizadas, não precisam disso!
    =/
    Bjoo!

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  5. Que ótimo texto, Mari, devia mesmo era ser pregado na porta das salas dos "respectivos" hehe
    Infelizmente compartilho com você, tive chefe e nao líder. E parte da úlcera então, é a mais pura verdade! Eu nao podia vê-lo que meu estômago costumava "reclamar", incrível, ainda mais pra mim que somatizo tudo!

    Tenho um outro blog também, quando for a fim de passar lá, o endereço é esse: http://cris-style.nets.at/

    Beijocas irma da fantástica :)

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  6. Se todo mundo conseguisse escutar o próximo, certamente tudo seria mais fácil! Um tema importante e que nem todos gostam de comentar, uma iniciativa belíssima.

    abraços

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  7. Afinal já tenho mais dois Blogues para visitar.
    Se adorei o outro, encontro neste boas lições para aprender e seguir.

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