O poder pode ser um nascedouro de prazer e uma oportunidade única para grandes realizações. Pode ser uma fonte a matar a sede de muitos, em educação, em sabedoria, em melhores condições de vida e muito mais. Pode, pode, pode!!! Mas é????
A história e a vida estão a nos mostrar o contrário. Todos os sonhos que alguém alimenta enquanto corre atrás dele caem por terra tão logo o adquirem. O egoísmo aflora. E os poderosos se tornam insaciáveis. Não olham mais para baixo e não se dão por satisfeitos. Há sempre alguém que tem mais poder que eles e dão início a outra batalha, "crescer" sem parar. Para trás fica a família, os amigos e os demais que o ajudaram na jornada. Com o poder vem a desconfiança e a insegurança.
Esse poder pode vir da aquisição de bens materiais, de altos cargos, da possibilidade de decisões que afetarão a vida de muitos... e nem sempre tem a força imaginada pelos que o possuem. Podemos verificar isso em situações bem menos complexas. Patrões que não respeitam seus funcionários, que não os estimulam, que os humilham e destratam. Permanecem ali pelo medo dos subordinados, frente à necessidade de manutenção de um emprego. Jamais vão angariar simpatia e amizade. Mas ficarão rodeados de bajuladores.
Outros, enveredam por caminhos obscuros, rendem-se aos acordos, promovem a injustiça e seguem como senhores feudais, a quem tudo era "facultado" em razão de seu poder.
Há, ainda, os poderosos mais terríveis, aqueles em cujas mãos está o destino do povo. Armam-se de belas palavras, conquistam, cativam e justificam todos os seus atos reprováveis, desqualificados, destruidores, como necessários à manutenção da ordem, da prosperidade, do crescimento. Nós, o povo, lhes damos esse poder, na certeza de que haverá reciprocidade , e acabamos carregando frustrações e desatinos.
O poder é um afrodisíaco e quem o saboreia é capaz de qualquer coisa para não perdê-lo. Quanto mais crescem, mais afundam no julgamento divino, que é sábio. Somos influenciáveis e nem sempre atentamos para detalhes reveladores, colocando poder em mãos não confiáveis.
Isso não ocorre apenas na política. Acontece em sociedades menores, em núcleos como a família. Esposas colocam poder excessivo nos ombros do marido, permitindo-lhe utilizá-lo como bem o aprouver, em detrimento das necessidades dela própria e de seus descendentes.
Conceder o poder é muito mais fácil que retirá-lo, que lutar contra ele. É certo ser necessário coragem para conseguir o que se deseja, mas tirar o poder de alguém é tarefa árdua. Por isso mesmo, melhor fazermos a reflexão antes de o concedermos. Juntos, temos , realmente, um grande poder, mas um poder saudável . Não vamos desperdiçar essa faculdade. Ela é necessária em quase todos os momentos decisórios da vida, por menores que possam parecer, para que não adicionemos o sofrimento posterior à dor da culpa, em vista da responsabilidade que tivemos sobre o resultado de nossos atos .
Sua abordagem foi muito bem colocada.
ResponderExcluirO poder vicía, corrompe.
Como disse Abraham Lincoln :" Se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder".
Bitoca.
in effetti percepisco questa cosa ma non ci ho mai pensato riflettendoci "dare il potere", "delegare". Delle volte sembra un sollievo, uno sbrigarsi a far le cose, toglierci un peso per darlo ad altri. In realtà tutte le volte mi rendo conto che è come dici tu. Prima di cedere il potere bisognerebbe rifletterci parecchie volte, perchè l'altro che lo cerca (il potere) difficilmente ce lo renderà integro.
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