(Mandy-Rosen) |
Algumas colocações que ouvimos nos levam a refletir. Uma que me tocou, um dia desses, foi : "minha família tem expectativas tão altas que não cheguei a conhecer o sabor do que, para muitos, significaria sucesso". Isso acontece com frequência. Lembro-me que, na infância e na adolescência, buscava obter notas altas na escola, tentando agradar minha mãe. Mas era difícil. Se fosse um seis, poderia ser um oito. Se um nove, poderia ser um dez. E assim por diante. Já na faculdade, ainda mantinha, tolamente, os mesmos propósitos. O objetivo ficou incorporado. Sempre queria um dez e meus colegas mais chegados não se conformavam quando eu reclamava de um oito.
Certas famílias esperam que os filhos sejam os melhores em tudo, impondo-lhes, desde cedo, uma carga estressante. O chamado "melhor", por avaliações da natureza, não é o "melhor", nem o mais feliz, na realização de atividades profissionais. E eles acabam frustrados por não aprenderem a saborear pequenas conquistas. Há muitos que passam a vida inteira tentando superar limites que estão fora de seu aprendizado e competência.
No exercício laboral, constatei que os mais realizados não buscavam a perfeição. E que, daqueles que a empresa esperava um brilho ofuscante, em vista de seus currículos, não o recebeu. Ele veio de outros, que pesquisavam, estudavam, enfrentavam os desafios buscando vitória, mas cientes de que o fracasso poderia ocorrer, sem desmerecê-los.
Preparar os filhos para a vida significa, também, ensiná-los a ser felizes. É preciso estimular, mas comemorar o pouco com a mesma alegria. É isso que os fará buscar o aperfeiçoamento, por sua própria vontade, não por imposição dos pais.
Marilene
Curiosamente, nunca me foi pedida perfeição, pelo contrário, de tal modo que fui e ainda sou muito estimulado pelo negativismo que sobre mim é sistematicamente recai. Tenho passado toda a vida a ser o "mau da fita". Hoje imagino porque isso acontece. Possivelmente, porque sempre fui eu a tentar superar-me e andar um passo à frente do meu tempo. E isso mesmo para os nossos é incómodo. Ao que eu digo nunca é dado valor, eu tranquilo, calo-me. Mas o interessante é que ninguém depois vai arranjar melhor solução e a minha passa a ser a válida. Já que estou a desabafar: tinha eu 30 anos, coordenava, uma parte do serviço externo de distribuição de uma editora, o que incumbia dar formação específica. A principio houve quem sorrisse das minhas instruções, porém elas eram sempre testadas à priori. O resultado era o esperado. Depois, deixou de haver a contestação, passou a ser aprovação assim: bem, se o senhor Daniel diz! Ah, havia prémios de produção, a minha turma fui sempre (de longe) a ter maiores resultados. Tudo acabou por o meu Diretor a perseguir-me, evitando a minha subida, e eu a sair com ordenado mais alto,
ResponderExcluirDesculpa o desabafo.
Interessante e muito verdadeiro isso,Marilene! E ,mais uma vez, fica claro quanto é difícil educar filhos...Temos vários, educamos igualmente, com mesmos princípios e limites e um deles vira totalmente a cabeça e sai dos eixos...Mas é assim...
ResponderExcluirNão é o ser melhor em tudo que temos que querer deles, mas um filho respeitador, educado e que saiba que não é apenas esticar a mão e pedir... beijos,chica
Pois é amiga Marlene, evidentemente que devemos explorar e aprimorar nossas potencialidades, entretanto, elas são delineadas por limites impostos pelas leis naturais, demandando na diversidades de capacidades, mister que deve ser compreendido, aceito e vivido com naturalidade.
ResponderExcluirUm abração daqui do sul do Brasil. Tenhas um bom dia.
É, ter esse tipo de pressão sobre as costas é desumano. Parabéns pelo artigo bem escrito.
ResponderExcluirExcelente texto, Marilene! Expectativas demasiado altas são, normalmente, a maior carga que jogamos sobre os ombros das pessoas que amamos! Boa semana
ResponderExcluirAcho triste essa expectativa, não deviam cobrar de nós sendo que família deve nos amar e encorajar. Demorou para mim aprender à descobrir o que sou.
ResponderExcluirTudo bem querida?
Estou aqui, beijão: planetaestrela.wordpress.com
Absolutamente certa.
ResponderExcluirNo Japão se dá um alto número de suicídios entre os jovens e um dos pontos é exatamente esse que você citou. Eles não podem decepcionar os pais e nem da sociedade.
Mas a moda é a superação, custe o que custar. O mais importante é o que fazem, o que serão, e a representatividade que terão na vida.
Hoje é a competição que embala as cabeças, e competição é massacrante! É carga de ansiedade e responsabilidade demais. Lembro de uma citação não sei de quem: “o importante não é ganhar, é competir!” (que hipocrisia) Ninguém entra em nada pra perder.
Você sempre traz ótimos textos.
Beijos!
Oi mana,
ResponderExcluirConcordo com você. As cobranças ferrenhas dos pais com relação aos filhos podem torná-los infelizes quando estes não conseguem corresponder às expectativas neles depositadas. É preciso reconhecer o esforço de cada um, estimulando-os a perseverarem, quando for o caso, e elogiarem sempre quando conseguirem bons resultados. São condutas que fortalecem a segurança e a auto-estima. Concordo também que nem sempre os melhores alunos ou os melhores currículos são sinais de sucesso. Alguns colegas menos brilhantes da minha faculdade obtiveram ótima colocação no mercado.
Ótimo texto.
Beijosssssssss.
Cuando sea padre espero educar a mis hijos bien, saludos, buen texto.
ResponderExcluirBom dia Marilene.
ResponderExcluirVou ser bem sincera, não há nenhuma necessidade de te elogiar se não merecidamente, já tinha visto alguns seu comentários seus ao amigo virtual em comum, te admirei pela sua simplicidade e sabias palavras, agora ao ler a sua primeira postagem confirmou o meu conceito em relação a você.
Certíssima ,eu tenho uma filha que ela é o meu maior orgulho, a filha que eu pedir a Deus, e ela que sempre ser a melhor em tudo para agradar, já não sei o que fazer para que ela entenda que nada me interessa, só a sua felicidade.
Um lindo final de semana.
Beijos.
E esse excesso de cobrança quase sempre destrói a vida de uma pessoa. Os meus pais nunca foram muito exigentes comigo, mas eu era exigente comigo mesmo. Ainda sou. E isso muitas vezes é péssimo também. Adorei o texto, Marilene. bjs e bom final de semana.
ResponderExcluirGraças a Deus que nunca me cobraram notas, eles queriam que eu aprendesse a viver, superar limites por mim mesma, fui boa aluna, dentro da média, mas imensamente, sempre feliz.
ResponderExcluirLindo relato Marilene, compartilhei no Face, mais pessoas precisam refletir sobre isso.
Tudo isso que dizes acontece com imensa frequência!! Eu quando era nova tinha expectativas de vir a ser uma grande mulher mas hoje em dia vejo que metade dos meus objectivos não foram cumpridos. Quando se é criança pensa-se que a vida é muito fácil mas quando chegamos a adultos,apercebemo-nos de imensas dificuldades. O que eu quero dizer é que se deve sempre pensar positivo e tentar manter sempre um sorriso,independentemente da situação em que se esteja. Se deus permite que andemos no mundo até certa data é porque ele quer que a gente viva feliz,é a minha opinião. Desejo-te uma fantástica e maravilhosa semana!! Muitos beijinhos,fica com deus e até breve!!
ResponderExcluirBoa semana! Aguardo o próximo post.
ResponderExcluirOi Marilene,
ResponderExcluirAchei ótima sua crônica!
Eu que nunca tive cobranças dos meus pais em relação a notas.
Em novembro passado, me senti uma idiota quando meu sobrinho adolescente
comentou comigo que tirou 8 numa prova do curso de inglês e eu num momento 'sem noção' disse:
por que não um 10 ?!
Olha que tolice a minha!
É tão importante saborear pequenas conquistas.
Não deveria ter criado uma expectativa tão boba.
Mas depois me desculpei e o parabenizei pelo 8 e por ele ser esforçado e competente.
Bjs!
Olá Marilene!
ResponderExcluirEnquanto estudante, nunca fui pressionada para ter boas notas. A minha mãe sabia salientar a importância dos estudos sem causar pressão, no entanto o que funciona com uns não funciona com outros; eu adorava estudar e os meus irmãos nunca gostaram de estudar....:-)
O grande segredo para o sucesso escolar tem de estar no incentivo, na valorização de cada pequena vitória no processo de aprendizagem. O incentivo permite o querer mais.
Uma reflexão muito importante!
xx
OI QUERIDA MARLENE
ResponderExcluirTive uma infância muito pobre com custo fui a escola. Meus pais me cobraram muito. Mais tudo vale a pena.Belo texto.OI QUERIDA
Amiga desculpa a demora em te fazer uma visita. Andei viajando. Mais estou passando por um momento triste perdi uma amiga que considerava como mãe. A vida ficou tão sem graça. O mundo ficou sem sentindo para mim.
UM BJ
ANA
Marilene querida!
ResponderExcluirTudo bem?
Texto perfeito!
Tenho uma certa dificuldade de lidar com expectativas. Penso que toda pessoa que tenta dar o melhor de si no que faz, quer resultados; por outro lado, se damos o melhor que podemos, o resultado não será péssimo.
Quanto aos filhos, sim, é outra coisa complicada, pois as exigências são quase inevitáveis em determinados momentos.
Texto a se pensar... ainda tenho que elaborar mais meu pensamento sobre o tema e minhas atitudes.
Grande beijo!
Sobre o tema filhos infelizmente não me posso pronunciar directamente porque não tive filhos.
ResponderExcluirTodavia, tive sobrinhos que acabaram por ser como meus filhos.
Nunca se pode ter grandes expectativas porque eles acabam por seguir na vida
de acordo com as suas regras, os seus gostos, que nem sempre são compatíveis
com os nossos.Temos que os orientar, sem impor.
Desejo que esteja bem.
Bj.
Irene Alves e bom fim de semana.
Cara Marilene
ResponderExcluirDesejo do coração que alguns pais possam ler este seu texto e reflictam sobre ele. Trouxe-nos um problema dramático para muitas crianças que vivem a vida sem prazer, precisamente por causa das expectativas altíssimas colocadas pelos pais. Já tenho ouvido falar até de actos desesperados de jovens que não aguentam a pressão.
A imagem juntamente com as suas palavras são preciosas e tomara que haja consciencialização do mal que pode causar a mania que alguns pais têm de projectarem em seus filhos as suas próprias frustrações.
Bj
Olinda
Olá, querida Marilene
ResponderExcluirA aí consiste o nosso maior erro como pais... nem sempre valorizamos o ser e ainda mais fazer feliz...
Bjm fraterno
Oi, querida Marilene!
ResponderExcluirÉ sempre assim. Os pais, e alguns de nós, também, queremos ser sempre os melhores, de preferência em tudo, mas, por vezes esquecemos outros pormenores importantes, mas não é por mal, nem por desejarmos ser mais e melhores que os outros. Acho que é humano, e como tal, imperfeito.
As expectativas são algo com que devemos ter cuidado, porque mais alto subirmos, pior pode ser a queda.
Beijos e bom domingo.
PS: ainda não consegui postar, por falta de tempo, mesmo. Talvez no final desse mês ou início do próximo.
Eu visito e comento seus blogues, porque isso me agrada, sem esperar retribuição. Naturalmente, que quando há novo post, espero e amo sua visita e palavras.
Bom dia Marilene, passando para desejar um ano iluminado e dizer que suas reflexões continuem a estimular nossa mente... bjks
ResponderExcluirBoa semana, Marilene!
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