14 janeiro 2012

APENAS UMA REFLEXÃO


                                                             
Mais uma vez, foi libertado o tenente-coronel Djalma Beltrami. Não estou fazendo qualquer tipo de julgamento sobre tal decisão, mas esse vai e vem causa uma sensação de desconforto, de descrédito. A final, quem está se equivocando? Os que afirmam ter provas suficientes de seu comportamento criminoso ou quem dessas provas faz análise?  Sempre entendi que um suspeito deve ser detido quando, na forma legal, pode impedir uma investigação a contento, ou já se dispõe de provas contundentes a propósito de sua culpabilidade.  Eu o estou mencionando apenas a título de exemplo. Depois que se mancha a imagem de alguém, ele sempre será visto, por grande parcela da população, como "desonesto". Alguns a têm denegrida pela imprensa, outros, infelizmente, pelos órgãos de segurança, responsáveis por prévia e conclusiva apuração dos fatos.

(Juan Ramón Valdés)

Papéis picados, jogados ao vento, jamais serão recolhidos, em sua totalidade. Todos desejamos que a justiça mantenha seu brilho acalentador. Não podemos temer, sem nada ter feito para isso. Sofrem os que vêem os dedos pare eles apontados, sofre a família. E não há qualquer reparação para erros cometidos, sequer uma ampla divulgação dos mesmos, para que nós, povo, tomemos conhecimento real dos fatos.

(Imagens retiradas da internet. Se estiver a ferir direitos, gentileza avisar, para imediata regularização).

9 comentários:

  1. MARILENE, com certeza é para se refletir, e muito!
    O mais interessante é que nós não sabemos "nada" sobre o andamento da situação dele. Não somos tão ingênuos a ponto de acreditar piamente nos telejornais. Mesmo porque ninguém afirma nada. As notícias são dadas na base de "suposições".
    Tempo bom aquele que a gente pegava jornais como o Estadão (aqui em São Paulo) e o Jornal do Brasil, lia as notícias e podia até trocar idéias com os amigos. Ninguém tinha dúvidas sobre a veracidade ou não. Mas...hoje os interesses são diferentes, né?
    Felizmente é a nossa cidadania que pode mudar esse quadro. Nossa comunidade deve cobrar esclarecimentos. Tudo fica mais claro e o exemplo interfere até na nossa educação política.
    Beijo com carinho.
    Manoel.

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  2. Marilene, pouco sei deste caso, então não posso dar minha opinião sobre o mesmo. Suas palavras servem para refletirmos de uma maneira mais ampla, na sociedade como um todo. Julgar, caluniar, manchar a imagem de alguém é algo muito sério. A justiça deve ser feita em toda situação, os fatos devem ser esclarecidos e não encobertos, as pessoas devem assumir seus atos, e pagá-los pelos mesmos. Um domingo maravilhoso pra você, bjo grande.

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  3. Marilene, perfeita a sua colocação: papéis picados ao vento jamais serão recolhidos.
    A reflexão deve ser ampla como diz a Ivana.
    Texto para uma boa reflexão.
    Beijinhos

    Lucia

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  4. Excelentes postagens! Cada cabeça uma sentença....Excelente fim de domingo e ótimo início de semana! Bjo! Elaine Averbuch Neves
    http://elaine-dedentroprafora.blogspot.com/

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  5. Ou seja, se o tenente for inocente, estará com a reputação irremediávelmente manchada pelo resto da vida, mas se for culpado, estará impune. É complicado mesmo ver a irresponsabilidade e o descaso com que as autoridades competentes tratam assuntos tão sérios.

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  6. OI MANA,

    Infelizmente a imprensa não é mais confiável, pois busca apenas sensacionalismo, objetivando lucro e ibope. Sempre vai pairar uma sombra sobre uma imagem manchada,
    razão pela qual a justiça e a impressa deveriam primar pela retidão.

    De sua crônica, resulta, sem dúvida, uma reflexão para a vida. O pré-julgamento ou um mal julgamento é pernicioso e não apaga os danos morais deles advindos.

    Nosso desejo é a primazia da justiça e o respeito com a imagem do cidadão.

    Beijão.

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  7. Marilene

    Do teu testo que foca uma realidade, das nossas sociedades, a lá e cá, serve de mola para a confirmação, que afinal a justiça não sabe ser cega. Sabe sim usar vários pesos, conforme os poderes que pessoas exerçam na sociedade.

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  8. Oi Marilene!!! Como estou completamente por fora do caso, nao vou opinar nesse post (mas claro que por curiosidade vou investigar na internet o que sucedeu)... ... que a justica é meio capenga e mirolha.... ahhh, disso nao tenho duvidas... Tenho visto muitos casos na TV de pessoas "culpadas" (que depois de muitos anos cumprindo pena em cárecer privada) tem a inocencia descoberta. Os EUA costumam figurar nesse cenário... Nao é so a justica que me faz ponderar sobre o quao "injusta" e controversa ela pode ser, mas tb, a vida em si, a imagem manchada, a perspectiva por água abaixo... Tudo parece vao e promíscuo, embora ao mesmo tempo sério, seríssimo!! Mesmo com o perigo dos julgamentos, mesmo sem diploma de juizes, o ser humano está sempre julgando... parece que nascemos para isso!

    Beijoka!!!

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  9. Marilene, como sempre, suas colocações sabias, centradas e bem direcionadas, nos servem para reflexão. Parabéns e um beijo no seu coração.

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