Estou com a sensação de que as tragédias do momento são os atropelamentos. Não há um dia sequer que, ao abrir a página de notícias, não veja um desses acontecimentos. Não se trata de acidente em que um descontrole imprevisível, uma questão técnica, provoque uma colisão indesejada. Seus causadores são jovens inexperientes, sem habilitação, sem atenção às leis de trânsito e, em sua maioria, alcoolizados. Com esse comportamento, deixam atrás de si, inúmeras famílias a chorar seus mortos, a carregar a tristeza de perdas irrecuperáveis. E ainda outros, a sofrer por incapacidades para as quais não concorreram.
Na tarde de ontem, um motorista atropelou 21 pessoas durante uma festa religiosa, em cidade mineira. Geralmente, não têm antecedentes criminais, contratam bons advogados e recebem pena alternativa. E as famílias se vêem obrigadas a conviver com os "assassinos", quando a tragédia ocorreu em pequenas cidades. Cultivam mágoas, ressentimentos e sentimentos de vingança. E não os culpo. Por mais que o perdão seja apregoado, não somos assim, tão magnânimos, ao ponto de estar, frente a frente e com frequência, com quem nos tirou, inconsequentemente, uma pessoa querida. Acidentes acontecem. São imprevisíveis. Mas não dessa natureza.
O primeiro sonho de consumo dos jovens é o carro. E é tão fácil conseguir uma habilitação! São tomados de sentimento de poder e circulam por todos os cantos, sem estar preparados. E mesmo que bebam, sempre acreditam estar em condições para dirigir.
Já convivi com quem teve a vida destruída por ocorrência da natureza. E não há consolo para eles, além do divino. Não há acompanhamento profissional para que superem as perdas. Não o oferece o Estado nem o culpado e/ou suas famílias. Carregam suas dores, vendo os responsáveis continuarem suas vidas, muitas vezes sem culpas, atribuindo aos acontecimentos, com simplicidade, o caráter de fatalidade.
Oi Marilene,por isso que só vejo a previsão do tempo no jornal, fora isso prefiro não assistir.
ResponderExcluirMinha visão sobre muitas coisas é bem diferente da maioria, então pra não entrar em conflitos prefiro me calar rsss
Lidar com os jovens hoje em dia está difícil, ele não ouvem, acham que sabem tudo e causam danos aos outros e a si próprios também!
Beijos pra ti!
Marilene, eu só acredito que as coisas podem mudar um pouco quando a impunidade que cerca os poderosos acabar. Ela, por tabela, beneficia a todos e encoraja os imprudentes, os impusivos e os covardes. Enquanto não houver exemplo de onde ele deve partir eu não creio em mudanças significativas a ponto de nos traquilizar. Um grande abraço. Paz e bem.
ResponderExcluirPois é Marilene, a falta de valor que se dá a vida faz com que filhos criados sem receber "não" dos pais, se tornem sociopatas que acabam causando a maioria deses acidentes. A vítima maior é a sociedade que não saber lidar com essa anomalias que nascem nas famílias, infelizmente. Gostei do seu blogue e vou segui-lo. Abraços, JAIR.
ResponderExcluirOLÁ MANA,
ResponderExcluirInfelizmente, são tragédias previsíveis. Enquanto não houver leis mais severas a respeito, não haverá como coibir tais acontecimentos. A falta de princípios educacionais e religiosos, aliados à impunidade reinante no País são os principais geradores dessa atitude irresponsável dos jovens.
Beijos.
Olha Mari, estou vivendo todos esses medos agora, porque meu filho de 16 esta nesse começo, fazendo as provas teóricas para começar a dirigir.
ResponderExcluirAqui nos EUA, para pegar a permissão aos 16 para poder dirigir por 1 ano com os pais, tem que fazer varios exames, e um deles é sobre álcool e drogas.
Fora tudo que falamos.
Nao é fácil, essa idade da pânico, principalmente com os meninos.
Bjks!!
Mari, la em Cancun é uma loucura esse negocio dos meninos dirigirem, ainda bem que sai de la.
ResponderExcluirA policia recebe propina, os pais nao estao nem ai, com 15 anos tem menino dirigindo.
O filho de uma casal que conhecemos morreu em um acidente,uma loucura....
Deus me livre...
Lamentável Marilene!
ResponderExcluirBjs
Marilene
ResponderExcluirConduzir é sempre responsabilidade! Tenho conhecimento haver quem compre o documento, embora seja examinado, até aí há corrupção. Depois há o álcool e as drogas, elementos assinos que fazem a euforia do condutor. Os maus resultados das conduções madrugadoras são avassaladores.
Há muita falta de consciência cívica neste aspecto.
Não passo sem mencionar o meu caso: no ano 2000 sofri um enorme AVC, de tal ordem que fui entregue à família em estado terminal(DANIEL MILAGRE, tem significado). Haverá muita gente a conduzir em condições piores que tenho neste momento, mas tinha passado seis anos sem poder conduzir! Optei por nunca mais o fazer, exactamente para evitar fazer perigar a minha vida e de outrem.
Beijos
Marilene é bem oportuno seu texto e um alerta também. Nas grandes capitais, a Lei seca tem sido um bom instrumento no enfrentamento desse problema. Um beijo no seu coração, minha querida.
ResponderExcluirFalta una mayor educación en nuestros pueblos. Desde niños hay que formar valores.
ResponderExcluirMarilene
ResponderExcluirPela minha sobrevivência foi pedido um milagre. Mesmo sendo católico, acredito apenas no milagre da força do querer muito, positivismo e na capacidade de sofrimento. Foi isso que nunca me abandonou. Mas também quis ir a Fátima acompanhar a penitente a cumprir. E fui, um ano depois, de fraldinha como os bébés. Agora tenho uma patologia de estimação!
Beijos
Oi querida, tem um texto meu que me lembra essa sua postagem, chama-se "o Anjo da guarda".
ResponderExcluirGostei desse e do outro espaço e ja estou seguindo !
Olá, querida
ResponderExcluirTem ocorrido muitos acidentes por aqui também... pela chuva e pelo álcool... lamentável!!!
Bjm de paz