15 outubro 2011

ETERNAS DIFERENÇAS

                                                                               
Não há qualquer novidade em se dizer que o modo de pensar e agir dos homens é muito diferente, quando comparado às opções femininas. E está longe o tempo em que eram os provedores, os chefes de família, os únicos responsáveis por qualquer tipo de decisão. Muitos ainda mantêm atitudes machistas. Mas só se impõem se assim o permitirem seus familiares, notadamente a esposa, ou pela "maldita" violência.

Todos somos observadores naturais, na vida. E vamos apreendendo, aqui e ali, os comportamentos adotados por ambas as partes. Quanto à violência, impossível ouvirmos em silêncio.  Os demais atos, porém, servem apenas para reflexão e, muitas vezes, melhor não interferirmos, mesmo com sugestões,  quando os interessados convivem bem com o modo de vida pelo qual optaram.

Aquela força que era atribuída aos homens foi modificada pela educação que as mulheres dão a seus filhos , permitindo-lhes ser sensíveis, cordatos, conversarem ao invés de brigar, usarem de gentileza... tudo sem macular a preciosa masculinidade.

Os homens de minha geração, no entanto, em sua maioria, não tiveram esse privilégio e, por mais que os valores tenham sofrido profundas modificações, ainda guardam resquícios indestrutíveis dessa sensação de poder masculino.  Quanta tolice! Em minha família, salta aos olhos que as mulheres são bem mais fortes. Funcionam como o sustentáculo, o apoio, o ombro onde não ousam chorar. São mais realizadas profissional  e financeiramente, enfrentam as dificuldades sem buscar vitória no grito e ainda os socorrem nas necessidades.  E isso abrange irmão e cunhados. E não o digo por ser feminista, nunca abracei essa bandeira. Até gostaria que um homem me tivesse oferecido o que eu, realmente, poderia doar, em todos os sentidos.  Mas os com  quem me relacionei não conviviam bem com a independência feminina e estavam sempre desejando interferir em atitudes que não lhes diziam respeito, como, por exemplo, a maneira de gastar o dinheiro que vinha do meu trabalho.

                                                           
Eu me lembrei desses fatores, hoje, em razão de uma ocorrência simples, mas significativa, quanto a esses comportamentos. Meu ex-namorado, de quem estou separada há mais de cinco anos, ainda mantém contato com minha família. Não nos vemos, dificilmente nos falamos, salvo quando preciso de sua colaboração (médico) e vice-versa (opinião jurídica). Mas trocamos mensagens.  Ele enviou para todos os seus contatos, onde me incluo, um poema encantador. Perguntei de quem era e pesquisei, descobrindo que seu autor tem livros publicados e  é um escritor mineiro. Encontrei um site que tem relação com ele e não resisti, encaminhando mensagem de cumprimentos. Não esperava, mas recebi um agradecimento, o que demonstra ser ele, além de tudo, gentil.  Ao comentar com meu ex, elogiando o comportamento do escritor, ele não entendeu meu procedimento. E disse que o poeta só havia respondido porque estava interessado  e desejando me conhecer. Fiquei horrorizada com o raciocínio dele.  Essa foi a razão do post. Como somos diferentes!!!!! E sei que os homens de minha família seguiriam o mesmo caminho, infelizmente. Se minha irmã o tivesse feito, então, seria motivo para divórcio (hehehehehehe).


11 comentários:

  1. Ma...olha......vc tem toda razao....
    A mulher tem sim que buscar sua independecia financeira e
    emocional.
    Tem que se valorizar para ser valorizada.

    Amei sua cronica..beijo...

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  2. Motivos cívicos de força muito grande forçam-me a usar o vosso mail para vincular este alerta,
    Peço desculpa, desde já.

    Por favor tomem conhecimento do conteúdo deste blogue e defendam-se:
    http://recusecontadoresinteligentes.blogspot.com/

    Passem e repassem a informação junto dos vossos amigos e colaboradores,
    Obrigado

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  3. É...realmente,há eternas grandes,enormes diferenças...
    pq a gente pensa o certo e eles pensam o que lhes convêm...rsrs
    Gostei do texto,e esse seu ex tá bem paranóico neah?!
    Mas se bem que não seria má ideia um poeta com uma poetisa..rsrsr
    Beijos Mari e bom final de semana,até mais.

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  4. Marilene

    A leitura do teu texto fez-me pensar e questionar-me,sobre muitos porquês. Para mim que sou duma geração que, no local e tempo, a consumação em princípio, só podia ser feita na noite de núpcias.
    Porém sempre vi na mulher um ser igual ao homem, apenas com as diferenças fisiológicas, as que devem fazer de dois seres, um apenas, em todas as circunstâncias vivenciais. Ponto assente! Entretanto, o matriarcado também se dá e que espírito forte é necessário para o domar! Quiça espírito de humanidade para com descendência.
    Beijos

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  5. Olá MANA,
    Que dizer, se não assinar em baixo?
    Creio que esta cultura é mais predominante entre
    os mineiros (no que se refere a estas ideias, que considero descabidas, de que todo homem tem segundas intenções para com uma mulher). Para eles, é inviável uma relação de amizade entre o homem e a mulher.
    Quanto à independência financeira da mulher, que acaba sendo o suporte financeiro das famílias, hoje em dia está sendo muito comum, pois as mulheres se firmam profissionalmente desde cedo e são mais cautelosas, além de fortes guerreiras, é claro.
    Beijos.

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  6. Para não chorar, prefiramos sorrir amiga....kkkkk... que pensamento viu?
    Coitadinhos precisam ainda lapidar muito...kkk
    E viva a liberdade e independência feminina querida. Por isso semrpe digo que meu marido, em 1º lugar é o dim dim que ganho com meu trabalho.
    Beijos e boa semana!!!

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  7. Marilene, se o antigo namorado mandou um poema, quem pode afirmar não ser dele mesmo?
    Quando cismo, também faço poesia, por audácia minha. Do poetrix aos alexandrinos, não deixando escapar o haicai e o tanca.
    Quem se mete com escrever não pode ficar só nos casos corriqueiros, o que não acontece com você.

    Beijos,
    Jorge

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  8. hahaha o desfecho da narrativa me fez rir, eita cabecinha.... Meu ex namorado pensava extamente por aí, se alguem era gentil comigo, era pq ja estava mal intencionado, tentando tirar casquinha de uma tola como eu, mas enquanto ele pensava que a bobona era eu mal sabia o que eu pensava dele com esse jeitinho ignorante de ser... rsrsr Nossa, foi-se esse tempo, tb venho de uma familia matriarcal, nao ha possibilidades de homem algum me colocar no cabresto, foi- se a epoca das Amelias, acho que casamento é pra ser legal, qquer relacao deve ser sadia e prazerosa, imposicao de poder é passado, isso a gente deixa para politicos, para a hierarquia das empresas e para os paises extremistas, onde lamentavelmente, a mulher figura como um ser inferior...
    Gostei da reflexao!!
    Beijo grande e boa semana!!!

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  9. Marilene, a mulher hoje é uma realidade na sociedade. Conseguiu ao longo dos tempos galgar significativas conquistas. Houve um tempo em que a ignorância humana não conseguia enxergar a mulher como parte importante na sociedade. Penso que a mulher terá muitos mais conquistas ainda. Por falar na importância da mulher, aqui está uma, que escreve um blog com tamanho brilhantismo e inteligência. Marilene, você é um bom exemplo da grandiosidade da alma feminina. Através dos textos que publica, nos convida a pensar e refletir sobre os mais diferentes temas do nosso dia a dia. Um beijo no seu coração.

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  10. Gostei muito! Acho que meu blog voltou ao normal, mas se ainda não consegue acessar, me mande um email me avisando, ok!
    Alequejo@hotmail.com
    Kisses

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  11. Oi Marilene...muio pertinente seu texto...vemos que o tampo passa, os homens mudaram, mas não o suficiente ainda. Tem idéias e preconceitos que já não fazem mais sentido. E ainda continuam se sentindo os eternos "caçadores" e interpretam tudo sob esta otica.
    Eu me recuso a acreditar que não existam homens que possam estar sendo só e simplesmente gentis e educados com uma mulher.
    Tenha um feliz dia amiga...beijos...
    Valéria

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