20 março 2011

MODA E ELEGÂNCIA



A maioria das mulheres tem uma preocupação excessiva com a aparência.  Essa conduta pode ser salutar quando tem em vista o cuidado com o corpo, com a saúde, com a elegância, com  o desejo de se adequar ao ambiente sem se despersonalizar. Já li muitas crônicas fundamentadas e interessantes sobre o tema. Vez ou outra, porém, estamos diante de situações nele baseadas que apresentam um lado cômico ou um outro, realmente devastador.

Por mais que os armários estejam cheios de roupas de todas as espécies , basta um convite para um evento ou mesmo um acontecimento sem grande importância, para as mulheres entrarem em pânico. Criam um novo obstáculo até para a realização de suas atividades diárias, pessoais e profissionais. E a pergunta   feita a cada momento é : que roupa vou usar? Parece que sua felicidade depende disso. Aliás, um armário cheio não é a solução. Cores desencontradas, peças que não combinam e até que nem lhes servem mais, ficam ali esperando uma inconcebível oportunidade para serem usadas.


Tenho como ideal a definição de um estilo, como de um perfume, que passará a nortear a mulher , destruindo, por completo, esse pânico e  contribuindo, acima de tudo, para a redução de eventual consumismo exacerbado. Cada momento requer um tipo de roupa mas se a mulher tiver estabelecido, convictamente, seu estilo, seja clássico, casual, esportivo, sofisticado ou outro, não terá dificuldades diante daquele convite. Isto porque seu guarda-roupa vai oferecer as peças que, devidamente combinadas e já por ela apreciadas , de forma bem pessoal,  a conduzirão a uma rápida e seletiva escolha.

É importante ressaltar que não será, tão somente a aparência, que definirá, sobremaneira, se a opção foi acertada. Estou me referindo a alguém que se conhece, que não arrisca suas convicções para se parecer com uma atriz, alguém que admira, a vizinha...  Assim, vestida dentro de seu personalizado estilo, terá segurança para entrar em qualquer lugar, com desembaraço e elegância. A elegância, em meu entendimento, está mais na postura e na auto-confiança que na roupa usada.



Nós, que não vivemos do corpo, não temos necessidade de exibí-lo como se fosse uma carta de apresentação. E não podemos chegar ao ridículo de acompanhar modismos para os quais não fomos talhadas.  Nem as modelos se vestem, no dia a dia, com roupas dos estilistas para os quais desfilam. Roupas de desfiles são apenas tendências e não chegarão às ruas com idêntica forma. Essa foto que postei apresenta modelo da coleção outono/inverno 2011, e  vemos uma linda jovem com um maravilhoso vestido. Só resta saber em quem ele transmitirá elegância, charme, sem vulgaridade. É excessivamente curto, tem mangas e as botas de cano também curto, por certo, não protegerão as pernas do frio. Por isso mencionei que os estilistas desfilam apenas tendências.

Muitas mulheres são citadas como exemplos de uma elegância ímpar, onde a roupa, a postura, nunca as deixariam derpercebidas : jacqueline Kennedy Onassis, Audrey Hpburn, Grace Kelly, Constanza Pascolato e muitas outras brasileiras. Em todas, uma característica forte, a personalidade, aliada ao bom gosto, à educação e à cultura.



Não é a moda que traduz a elegância, mas a elegância que dá vida à moda. Podemos ver duas mulheres vestidas de forma igual e ter a impressão de que não usam roupas idênticas. vamos observar duas pessoas distintas, com seu charme próprio, e podemos considerar apenas uma das duas como elegante.

Em matéria de moda, é preciso que olhemos dentro de nós mesmas, que vejamos como somos e não como gostaríamos de ser vistas. Maquiar uma imagem não leva a lugar algum. E nemhum modelo vai nos transformar em outro alguém, vai nos fazer ser amadas de forma diferente, porque depois que passa a fantasia, encontramos o ser humano. E é esse que deve merecer amor e aplausos.

                                                          
                                                         

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